Manto Vermelho
O tempo abraçou o silencio, e com ele as asas adormeceram,
para que um novo amanhecer venha clarear voos mais altos,
e esquecer de vez as lembranças desse manto vermelho,
onde o caminhar do peito não tem soberania diante da saudade.
O moinho da vida segue soprando os seus ventos,
e as questões veem de todas as direções,
vias e trilhas se abrem para as escolhas,
a estrada se estende nas perguntas sem respostas,
e na loucura de um poeta se encontra a lucidez,
em cada metáfora abraçada, a fênix ressurge do seu cinza,
e com suas asas solidificadas o céu das fantasias
e o universo real abre novos ares, para soprar de vez esse manto vermelho.
Escritor Jair Lisboa
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